segunda-feira, fevereiro 09, 2015

EDITORIAL JORNAL DE CÁ FEV. 2015

Em Janeiro, com o atentado perpetrado em Paris pelos radicais islâmicos, contra o semanário satírico “Charlie”, milhares de portugueses juntaram a sua voz às de muitos milhões pela europa fora, não só em homenagem às vítimas mas também em defesa de um valor que é um dos pilares da nossa democracia: a liberdade de expressão. O grito “Je Suis Charlie”, “Eu Sou Charlie”, foi a forma encontrada para afirmarmos o nosso inequívoco apoio a esse princípio mas também de apelarmos à tolerância e à não-violência. Como gosto de causas, gostei de ver a adesão a esta causa tão nobre. No entanto, o meu mês de Janeiro foi vivido no Cartaxo, não em Paris. Por aqui regista-se, por exemplo, o impasse no funcionamento da Junta de Freguesia de Vila Chã de Ourique. A situação arrasta-se há quinze meses e ameaça deixar de ser uma questão politica para se transformar numa questão moral. O que se passa na Junta de Vila Chã já é uma vergonha, mais que um embaraço politico. É uma vergonha para os políticos diretamente envolvidos, é uma vergonha para o município, é uma vergonha para todos nós. Como podemos apelar à tolerância internacional se à nossa porta não conseguimos dialogar com quem pensa como nós, vive na mesma rua, tem os filhos na mesma escola? Como podemos defender a tolerância entre crenças religiosas se não conseguimos diálogo entre partidos políticos? Engana-se quem pensar que, do ponto de vista moral, há diferenças entre o que se passou em Paris e o que se passa em Vila Chã. A intransigência, a falta de aceitação do outro, a intolerância podem ser em graus e medidas diferentes, ter efeitos diferentes, mas têm a mesma raiz. Enquanto não formos “Charlie” na nossa terra, escusamos de ir sê-lo para a europa. Será que nas redes sociais “ser Cartaxo” se espalharia da mesma forma que “ser Charlie”? Não sei, mas decididamente “Eu Sou Cartaxo”. Quem me segue?

EDITORIAL REVISTA DADA JAN/FEV 2015

Entramos em Fevereiro com um sentimento comum e uma pergunta inevitável. O sentimento é de que este inverno é mais longo e mais frio que os Invernos anteriores que recordamos. A pergunta é: mas afinal quando é que chega o Verão?. Nas ruas, nos cafés, em conversas de amigos, parece-nos que anda toda a gente a sonhar com dias de sol, talvez tentando chegar ao tempo em que o aumento da temperatura ou pelo menos os dias amenos, corresponda a um alivio do frio que muitas das nossas vidas vêm sentindo há já tempo demais. E não nos parece que venha mal ao mundo se nos deixarmos embalar nesta ideia de que dias melhores possam realmente corresponder a melhores dias para todos nós. O melhor mesmo é não deixar arrefecer os espíritos, já que os corpos só à força de agasalhos, e de noites à lareira, é que conseguem alguma melhoria. Por isso entregámos parte desta edição da DADA às sugestões para o Dia dos Namorados, uma celebração que colhe simpatias e ameniza afetos um pouco por todo o aldo e em todas as gerações. Jovens e menos jovens aproveitam para marcar um jantar, oferecer uma flor ou dedicar um gesto ou uma palavra especial aos seus companheiros e companheiras. Aborrece-me sempre que as coisas que devemos fazer ao longo do ano, ao longo da vida, sejam condensadas num só dia, como se nos relacionamentos não fosse preciso estar atento e cudar deles ao longo de todo o ano. No entanto, como sou um romântico incorrigível acabo por achar que mais vale o esforço que muitos fazem neste dia que a ausência de atenção que outros praticam continuamente. Claro que a DADA está recheada de outros interesses. Leia a entrevista a Gentil Duarte ou o perfil de Luísa Pato. Saiba mais sobre suplementos alimentares e não perca as habituais crónicas. Mas haverá melhor destaque para fazermos que apelarmos ao coração, ao amor. Apostamos que as temperaturas vão aumentar, mesmo que a chuva venha escurecer os dias e os termómetros teimem em não subir. Namorem muito!

segunda-feira, janeiro 12, 2015

EDITORIAL JORNAL DE CÁ JAN. 2015

Cá estamos todos com mais um ano de vida. Aqui chegados, as opiniões dividem-se. Há os que acreditam que daqui para a frente tudo vai melhorar na nossa vida coletiva e pessoal, apenas por acharem que situação pior que a que vivemos é impossível de atingir, e os que pensam que nos devemos preparar porque ainda é possível sermos convocados a passar por maiores e mais requintadas privações. Entre uns e outros há os que ainda sentem que é na nossa capacidade de resistir e olhar em frente com espírito positivo, com trabalho, com rigor, sem cedências, que reside a esperança de ultrapassarmos os maus momentos. Em jeito de balanço do ano que findou andámos na rua a ouvir cidadãos. Curiosamente o pedido transversal para o ano que chega é o de saúde. Mas ouvimos falar de emprego, melhor justiça, mais solidariedade. Da mesma forma que ouvimos falar em recusar baixar os braços. E é neste espírito que nós, enquanto projeto jornalístico, entramos no que é verdadeiramente o nosso primeiro ano de vida. Começa aqui uma maratona de 12 meses em que continuamos a acreditar que vale a pena dar voz a quem não a tem, dar a palavra a quem tem alguma coisa a acrescentar à nossa vida comum, dar a conhecer quem se destaca ou quem precisa de apoio. Tudo isto para vos garantir que em 2015 estaremos aqui, no grupo dos que não cedem e acreditam que melhores dias virão. Sobretudo porque do lado de lá desta página estão os melhores leitores do mundo: os nossos. Nos três meses de vida do ano passado fomos privilegiados com leitores espalhados por todo o concelho. E muitos mais chegam todos os dias. Batem-nos à porta, perguntam-nos na rua pelo Jornal. São o estímulo que precisamos para olhar para este ano com a confiança de quem está a traçar um caminho que pode ser uma alternativa aos cenários de desânimo com que tantas vezes nos deparamos. Uma palavra de apreço ainda para todas as entidades e empresas que têm feito das nossas páginas um espaço para divulgação dos seus produtos e das suas atividades. Sabemos também que sem o apoio dos agentes económicos do concelho a nossa vida seria dificultada. É assim que nos manteremos positivos e continuaremos a ser rigorosos e a não fazer cedências. E é com esperança de melhores dias que deixamos votos de um muito feliz 2015 para todos os nossos amigos, anunciantes e leitores. Com saúde. O resto virá.

terça-feira, dezembro 23, 2014

EDITORIAL REVISTA DADA DEZ 2014/JAN 2015

O Verão politico e jornalístico é sempre marcado pela falta de notícias e de assuntos de verdadeiro interesse. É a silly season onde vale, quase, tudo para encher páginas de jornais ou noticiários televisivos. O Natal, mesmo com a entrada de Dezembro marcada por acontecimentos políticos de superior importância, não deixa de ser o grande fornecedor da silly season de Inverno. E tem a vantagem de ser proporcionador de energias positivas, bom ambiente familiar e pensamentos positivos, mesmo para quem enfrenta situações mais difíceis. É o Natal que nos prepara o espírito para a renovada lista de promessas de ano novo. Por causa do Natal é que decidimos todos os anos que, para o ano vamos deixar de fumar, vamos fazer dieta, vamos ser melhores pessoas, vamos arrumar a gaveta das meias, enfim aquele sem número de lugares comuns que vamos sempre deixando para trás mas, anualmente, relembramos nesta época. Pena é que deixemos tantas vezes esquecidos os versos de Ary dos Santos: Natal é em Dezembro/Mas em Maio pode ser/Natal é em Setembro/É quando um homem quiser/Natal é quando nasce uma vida a amanhecer/Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher, que nos remetem para o poder, que está nas nossas mãos, de mudar o presente pelo respeito que devemos ao futuro dos nossos filhos. O nosso desejo é que todos aproveitemos os desafios de 2015 para trazer mais Natal às nossas vidas. Revista DADA

EDITORIAL JORNAL DE CÁ, DEZEMBRO 2014

Estamos a menos de um mês da entrada de um novo ano. E se a data é, todos os anos, um momento importante para iniciarmos processos de mudança do que está mal nas nossas vidas, esta viragem de 2014 para 2015 afigura-se uma das mais decisivas das últimas décadas. Vivemos tempos em que o sentimento generalizado é que pouco importam as nossas decisões ou reflexões, porque tudo nas nossas vidas está regulado, controlado e sem margem de manobra para a nossa intervenção. De facto, o espaço do cidadão é cada vez mais o espaço dos partidos políticos e o espaço da política. As iniciativas de cidadania acabam inevitavelmente por cair na esfera partidária ou correm o risco de não ganhar dimensão. Mas do que a política trata é das nossas vidas, do nosso dia-a-dia e do futuro dos nossos filhos. Assim sendo, como é possível ficarmos alheados? Como é possível não participarmos nas decisões ou deixarmos nas mãos de terceiros o rumo que queremos dar ao nosso destino individual e coletivo. O ano que entra será de eleições para a Assembleia da Republica. Temos todos a obrigação de transformar este ato eleitoral num ato de cidadania com uma afluência massiva às urnas. Sob pena de definitivamente ficarmos sem voz para protestos ou desagrado das políticas que nos forem impostas. Também no Cartaxo, politicamente, o ano de 2015 marca uma mudança. Os dois maiores partidos entram no novo ano com lideranças acabadas de eleger e, embora a promessa seja de continuidade das políticas, a esperança é que se aproveite o momento para renovar discursos, cativar os cidadãos para a participação cívica e se procurem consensos capazes de dar resposta às reais necessidades do concelho. Este não é um ano bom para estratégias partidárias por ser imperativo encontrar soluções que devolvam aos munícipes a confiança e o orgulho de aqui viver e que os graves problemas que enfrentamos possam ser resolvidos interferindo o mínimo na qualidade de vida de todos nós. Em 2015 cá nos encontraremos. Vamos lá a ver o que vamos ser capazes, todos, de fazer com esta oportunidade de mudança que o calendário nos dá.

EDITORIAL JORNAL DE CÁ, NOVEMBRO 2014

Lembro-me de, quando era miúdo, ter a minha vida regulada por acontecimentos e das emoções que esses acontecimentos me provocavam. Uns mais que outros, é claro. Muitos desses acontecimentos eram comuns à maioria dos miúdos. O Natal era um clássico. As semanas que o antecediam eram quase mais excitantes que o próprio dia em si. A coisa ia em crescendo, a partir da altura em que começava “a cheirar a Natal”. Antes do Natal já tinha havido o começo das aulas, outra época de grande importância na minha cronologia de vida. Ah, e as férias grandes! Sentia-se a meio do 3º período de aulas que as férias estavam a aproximar-se. Também havia “um cheiro a férias”. Pelo meio destes fatos, as estações do ano sucediam-se de forma regular, nos prazos estipulados, a marcar a passagem do tempo, e tinham também o “seu cheiro próprio”. E, depois, havia uma série de datas que eram os meus “relógios do tempo” pessoais. Curiosamente a data do meu aniversário, pela proximidade do Natal, nunca teve um “cheiro próprio”. Mas o aniversário da minha mãe tinha. A minha mãe faz anos no mesmo dia da RTP e a data coincidia com a transmissão do Festival da Canção. Quando era miúdo a semana que antecedia o Festival era vivida com expectativa, talvez por ser em Março e já “cheirar a Primavera”. Vem isto a propósito de uma outra data que me deixava em grande alvoroço. O meu avô telefonava e deixava o aviso: “Então para a semana conto com vocês cá!”. Em Lisboa já cheirava a Outono com os homens das castanhas a anunciarem a proximidade do São Martinho e desse magnífico fenómeno que eram aqueles dias de sol no meio de um tempo cinzento e triste. Hoje o São Martinho espalha dias de Sol quando lhe apetece e o meu avô já não avisa “que conta connosco”. Mas a verdade é que, mesmo sem estes avisos, já cheira a Feira dos Santos. No meio da discussão sobre o seu futuro, quando se procuram soluções e ideias para o seu relançamento, quando se chega a questionar a sua continuidade, a Feira de Todos os Santos aí está para bem do meu relógio interno. Qualquer debate sobre o seu futuro tem de passar pelo debate sobre que qualidade e ritmo de vida pretendemos ter. Queremos que os nossos jovens se orgulhem da sua terra e ponderem não sair de cá? Queremos que quem nos visita saia na disposição de voltar? Então estas datas, estas manifestações da nossa identidade não podem correr o risco de extinção. A grandeza da feira é a medida da nossa grandeza enquanto cidade. Para que perdure no tempo este magnífico “cheiro a feira” a lembrar-nos que o futuro está aí mas só acontecerá porque tivemos um passado.

EDITORIAL JORNAL DE CÁ, OUTUBRO 2014

Comecei há trinta anos a escrever este editorial. As primeiras letras surgiram quando subi uma escada íngreme que dava para um corredor onde, em diversas salas se produziam jornais. Eu nessa época sabia, claro, o que era um jornal. Mas não fazia a menor ideia de como um jornal era feito. Foi nesse edifício no Dafundo, em Lisboa, que o meu curso de jornalismo começou. Eu era o estagiário de um pequeno jornal que com a minha contratação dava um passo em frente: até ali era feito por uma pessoa, a diretora, redatora, paginadora, secretária telefonista, relações públicas. Trinta anos e muitos jornais e revistas passados, volto a cruzar- me com uma pessoa que à força de tenacidade, alguma teimosia e uma forte vontade de vencer pôs de pé um projeto arrojado como é a revista DADA e o conduziu durante sete anos até ao sucesso que hoje todos reconhecem. Falo da Fátima Rebelo, publisher do Jornal de Cá, com quem em acaloradas discussões, em horas de dúvidas, em momentos de euforia cheguei ao entendimento de que o passo que devíamos dar a seguir era lançar um jornal no concelho do Cartaxo. Aqui viveram os nossos pais e avós, aqui vivemos com as nossas famílias. É aqui que queremos trabalhar. E porquê um jornal? Porque é o que sabemos fazer. Soubéssemos cozinhar a teríamos aberto mais um restaurante. Mas não. Temos esta mania de ligar as pessoas através da palavra, ligar as ideias através de pessoas, ligar os factos através da sua circulação por todos. Só podíamos fazê-lo com um jornal. Depois desta decisão veio o período de espera pelo milagre que nos permitisse avançar. O milagre chegou até nós através de um grupo de amigos que acreditou em nós. Um grupo a quem estaremos para sempre reconhecidos pela confiança que em nós depositaram. Um grupo que nos deixou fazer o nosso trabalho e trazê-lo até este número 1, conscientes que somos uns ingratos e que desde o primeiro minuto o nosso olhar e as nossas preocupações já não lhes pertenciam. A partir da primeira letra que escrevemos é para os leitores que vão todos os nossos cuidados. Queremos neste número 1 deixar bem claro que para nós só há um interesse superior: o de quem nos dá a honra de nos preferir e de nos ler. Este não será nunca um jornal de interesses mas um jornal de leitores. Obrigado por apostarem em nós e sobretudo, obrigado por nos lerem.

quarta-feira, novembro 13, 2013

Nápoles Milionária, lá vou eu...!

quarta-feira, outubro 23, 2013

Nápoles Milionária - Uma Aventura

A convite do Frederico Corado aceitei meter-me numa enorme alhada: dar vida e corpo ao Gennaro, o protagonista da peça Nápoles Milionária, de Eduardo di Filippo. Estamos a menos de um mês da estreia e eu, como é natural, não sei uma linha inteira do longo texto que me cabe na peça. A cabeça não pára de andar à roda com isto tudo. Saber que o texto que estamos a trabalhar foi adaptado e encenado pelo Mário Viegas e foi levado à cena pela Companhia do Chiado, em 1992, não ajuda nada à festa. Para já estou a ganhar com o convívio com o Frederico Corado, o encenador e alma deste projecto de teatro amador, e com todos os actores que são de uma generosidade e entrega extraordinárias. Gente muito talentosa. Vamos lá a ver o que sai daqui. Vou voltar ao texto. Repito: a menos de um mês não sei uma linha inteira.

sábado, novembro 17, 2012

A caminho da independência!

Só quero deixar aqui registado que este mês dei início à tão desejada e planeada horta. É ainda uma coisa pequena, quase ridícula, mas é o começo de um projecto de auto abastecimento alimentar que desejo há vários anos. Por agora ainda só começam a despontar umas couves, portuguesa e lombarda, alho francês e alfaces. Numa pequena estufa já se vêem coentros a par das inevitáveis salsa e hortelã. Vamos lá a ver o que é que isto vai dar.

quarta-feira, outubro 12, 2011

Isto não é brincadeira!

Numa ilha maravilhosa e deserta, no meio do nada, naufragaram as seguintes pessoas:
- Dois italianos e uma italiana;
- Dois franceses e uma francesa;
- Dois alemães e uma alemã;
- Dois gregos e uma grega;
- Dois ingleses e uma inglesa;
- Dois búlgaros e uma búlgara;
- Dois japoneses e uma japonesa;
- Dois chineses e uma chinesa;
- Dois americanos e uma americana
- Dois irlandeses e uma irlandesa;
- Dois portugueses e uma portuguesa;
Passado um mês, nesta ilha absolutamente paradisíaca, no meio do nada, passava-se o seguinte:
- Um dos italianos matou o outro por causa da italiana;
- Os dois franceses e a francesa vivem felizes juntos num ménage-a-trois;
- Os dois alemães marcaram um horário rigoroso de visitas alternadas a alemã;
- Os dois gregos dormem um com o outro e a grega limpa e cozinha para eles;
- Os dois ingleses aguardam que alguém os apresente à inglesa;
- Os dois búlgaros olharam longamente para o oceano, depois olharam longamente para a búlgara e começaram a nadar;
- Os dois japoneses enviaram um fax para Tóquio e aguardam instruções;
- Os dois chineses abriram uma farmácia/bar/restaurante/lavandaria e engravidaram a chinesa para lhes fornecer empregados para a loja.
- Os dois americanos estão a equacionar as vantagens do suicídio porque a americana só se queixa do seu corpo, da verdadeira natureza do feminismo, de como ela é capaz de fazer tudo o que eles fazem, da necessidade de realização, da divisão de tarefas domésticas, das palmeiras e da areia que a fazem parecer gorda, de como o seu último namorado respeitava a opinião dela e a tratava melhor do que eles, de como a sua relação com a mãe tinha melhorado e de que, pelo menos, os impostos baixaram e também não chove na ilha...
- Os dois irlandeses dividiram a ilha em Norte e Sul e abriram uma destilaria. Não se lembram se o sexo está no programa por ficar tudo um bocado embaciado depois de alguns litros de whisky de coco. Mas estão satisfeitos porque, pelo menos, os ingleses não se estão a divertir...
- Quanto aos dois portugueses e a portuguesa que também se encontram na ilha, até agora não se passou nada porque resolveram constituir uma comissão encarregada de decidir qual dos dois homens seria autorizado a requerer por escrito o estabelecimento de contactos íntimos com a mulher.
Acontece que a comissão já vai na 17ª reunião e até agora ainda nada se decidiu, até porque faltam ainda aprovar as actas das 5 últimas reuniões, sem o que o processo não poderá andar para a frente.
Vale ainda a pena referir que, de todas as reuniões, 3 foram dedicadas a eleger o presidente da comissão e respectivo assessor, 4 ficaram sem efeito dado ter-se chegado à conclusão que tinham sido violados alguns princípios do código de procedimento administrativo, 8 foram dedicadas a discutir e elaborar o regulamento de funcionamento da comissão e 2 foram dedicadas a aprovar esse mesmo regulamento.É ainda notável que muitas das reuniões não puderam ser realizadas ou concluídas, já que duas não continuaram por falta de quórum, uma ficou a meio em sinal de protesto pelo agravamento das condições de vida e 5 coincidiram com feriados ou dias de ponte...